Depois de tudo preparado de véspera (mapas, roupa e restante bagagem... pastilhas de travão traseiras incluídas) eis que era o dia de iniciar a nossa primeira grande viagem em duas rodas e arrancarmos rumo a Haarlem na Holanda, destino ao qual iríamos tentar chegar em quatro dias, com a primeira paragem para passar a noite programada para acontecer em Pamplona, o que totalizaria cerca de 980km partindo da marginal junto à Parede.
Foram necessárias duas partidas (há sempre algo que fica para trás, mas que desta vez foi lembrado a tempo) e uma paragem rápida em Lisboa para deixar a chave de casa por causa do animal de estimação e lá fomos nós, por entre o trânsito matinal, a caminho da Ponte Vasco da Gama para apanhar a N4 em direcção à fronteira junto a Elvas, parando em Vendas Novas para abastecer a CBF e novamente em Estremoz para um segundo pequeno-almoço. Entrando em Espanha, e acrescentando uma hora ao relógio, rumámos a Cáceres onde chegámos cerca das duas e meia para almoçar num restaurante já conhecido de uma outra passagem por terras do país vizinho.
De Cáceres em diante a ideia era chegar a Pamplona apenas com paragens para "esticar as pernas" e para abastecer, o que eventualmente não foi o que aconteceu, mesmo com o clima quase perfeito para andar de mota, tendo a distância percorrida no primeiro dia sido encurtada em cerca de 300km, a distância que fica entre a cidade de Pamplona e o Camping Cubillas na Autovía de Castilla, onde chegámos cerca das 21 horas (hora da europa central) para montar a tenda e passar a noite.
Em Cubillas, apesar da hora algo tardia para a entrada, fomos bem recebidos e o responsável pelo bar tratou de nos preparar algo para que pudéssemos jantar (dois enormes bocadillos de presunto/jamón serrano) por entre a usual confusão que é uma comunicação entre Espanhóis e Portugueses e uma tentativa particularmente hilariante de falar do mundial de futebol e da "desgraça Ibérica".
No primeiro dia percorremos um total de 677km, tendo sido este total bastante prejudicado, não pelo atraso no arranque (devido ao esquecimento de um bem essencial) mas sim pelo trânsito ao passar Lisboa, que conseguiu consumir quase uma hora... a esta hora há que somar um acto de inexperiência, a "perda" de uma hora assim que se passa a fronteira, e que nos possibilitaria, talvez, chegar a Navarrete, bem mais próximo do destino que tínhamos em mente à partida (apesar de nunca termos pensado que seria "fácil" chegar a Pamplona). Tirando a questão das horas, e dada a falta de experiência nestas coisas, posso dizer que correu tudo sem sobressaltos de qualquer tipo... até parecia que já estávamos habituados a "estas coisas".
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